quinta-feira, 22 de setembro de 2016

252ª Nota - A mulher que está de moda


A mulher que está de moda, a que se cotiza nos mercados do mundo é completamente diferente (da mulher forte bíblica).

Esta mulher da moda não sabe nem pode fazer feliz o seu marido; por isso a maioria dos matrimônios modernos está corrompida internamente e por isso os pecados de divórcio são inúmeros.

Nessa mulher não descansa o coração do marido; não pode confiar-lhe a administração da casa, porque depressa arruinará o lar. Todo o ordenado lhe parece pouco para vestidos, pinturas e divertimentos; por isso o marido tem de dar o dinheiro por conta e ela queixa-se porque não lhe dá mais e porque não trabalha mais, para que ela possa gastar mais, divertir-se mais e vestir melhor.

E como é gastadora nos seus caprichos, tem o coração endurecido para a miséria dos pobres.

Não é a mulher forte que se prepara desde a madrugada para os trabalhos da casa; é a mulher preguiçosa que toma o pequeno almoço na cama, que dorme até tarde, não porque tenha trabalhado nos arranjos da casa, mas porque passou a noite no bar, no cinema, na cavaqueira ou nalguma ceia americana.

Os seus braços não estão feitos para o trabalho, são feitos para os exibir nus numa exposição de belezas ou de obscenidades, como são muitas salas de diversão.

Não se prepara de manhã para pegar nos utensílios de trabalho; enche-se de pulseiras e de anéis, chama a manicure e depois de aguentar um trabalho meticuloso, exibe essas mãos pelos lugares de reunião...

As suas palavras não estão impregnadas de bom senso, porque isso é precisamente o que lhe falta.

Tem um critério anticristão;  por isso defende sem vergonha as mães que não querem ter filhos e as que sabem divertir-se. Para ela nada é pecado. A sua conduta vergonhosa é a vida ideal...

Assanha-se particularmente contra as mulheres honestas e honradas, conhece os defeitos de todo o povoado e ignora os próprios que dão que falar a uma legião de más linguas como ela.

Não se preocupa com a conduta nem dos filhos nem das filhas; e estas imitam a frivolidade e as loucuras da mãe...

Ideal belo: ser a rainha do lar; porém não o serás, se vais pelo caminho das jovens modernas.

Nem serás rainha, nem terás lar. Serás um ser desprezível aos olhos de Deus e aos olhos dos homens sensatos.

Jovem, imita a mulher forte que descreve o Espírito Santo; e se queres realizar essa imagem, olha para a Virgem Maria no lar de Nazaré. Essa é a rainha do lar. Imita-a se queres que nesse lar ideal que fantasias, teu marido e teus filhos te entronizem e te ponham a coroa de rainha.

(Juan Rey S.J., Retratos de Nossa Senhora, Trad. M. V. Figueiredo, S.J., 1957)