terça-feira, 18 de julho de 2017

309ª Nota - Que é o Sedevacantismo?



QUE É O SEDEVACANTISMO?
Em resumo, estes são os elementos básicos que você necessita saber:
O raciocínio sedevacantista procede do silogismo seguinte:
A Igreja Católica não pode errar no ensino da fé e da moral, na promulgação de ritos litúrgicos, na disciplina, no Código de Direito Canônico, no seu Magistério Ordinário (e Extraordinário). Isto não se pode negar (Premissa Maior).
Ora, a pessoa que está sentada no trono de São Pedro, que parece ser o pontífice da Igreja Católica, ensina coisas anteriormente condenadas pela mesma Igreja (Premissa Menor).
Logo, não é um Papa legítimo.
A Bula Cum ex Apostolatus de Paulo IV (1559) afirma:
“Se sucedesse que (...) o mesmo Pontífice, antes de sua promoção e elevação ao cardinalato ou ao soberano pontificado se apartasse da fé católica, caindo em alguma heresia, sua promoção ou ascensão, ainda que com o consentimento unânime de todos os cardeais, seria nula e sem valor. Com efeito, como pode alguém que não é membro da Igreja Católica ser ao mesmo tempo sua cabeça?”
Sem embargo, quanto mais o tempo passa, o problema se torna mais complexo, sobretudo pela aparição de uma linha “conservadora” na igreja conciliar. Muitos católicos, que até agora eram “simplesmente” tradicionalistas, estão de alguma forma presos a duas posições: a primeira, pelo pensamento de que “algo vai mal”, e a segunda, de que “as coisas não vão tão mal desde que Bento XVI promulgou o motu proprio Summorum Pontificum (7/7/2007).
Muitas pessoas imaginam que a única coisa importante para um católico é assistir a uma missa válida. Ora, o mais importante antes de tudo é a pureza da doutrina. (...)
A posição sedevacantista é a única conclusão que se impõe, se tomarmos a sério o texto do Catecismo de São Pio X. O sedevacantismo não é uma posição incomum ou absurda, ao contrário, deriva da mentalidade ortodoxa católica, que sempre existiu e que é determinada pelo ensinamento do Magistério.
Nossa comunidade não pretende, contudo, abandonar o espírito legitimamente conciliador, procedente da autêntica caridade sobrenatural, e buscar a polêmica (ainda que muitas vezes seja legítima e necessária), senão tratar de fazer compreender o “católico médio” a complexidade das questões em jogo, por uma parte, e por outra, a relativa simplicidade da posição que é preciso sustentar para permanecer católico, a saber, em perfeita comunhão com o catecismo.
Excerto do  Catecismo de São Pio X:
§ 2. Sobre a Igreja em particular.
QUE É A IGREJA CATÓLICA?
A Igreja Católica é a sociedade ou reunião de todos os batizados que, vivendo na terra, professa a mesma fé e a mesma lei de Jesus Cristo, participa dos mesmos sacramentos e obedece aos pastores legítimos, especialmente ao Romano Pontífice.
Diga exatamente o que se necessita para ser membro da Igreja?
Para ser membro da Igreja, é necessário ser batizado, crer e professar a doutrina de Jesus Cristo, participar dos mesmos sacramentos, e reconhecer o Papa e aos outros legítimos pastores da Igreja.
Quem são os legítimos pastores da Igreja?
Os legítimos pastores da Igreja são o Romano Pontífice, a saber, o Papa, que é o Pastor universal, e os bispos. Ademais, os outros sacerdotes, sobretudo os párocos sob a dependência dos bispos e do Papa, têm sua participação no ofício de pastores. 
Por que se diz que o Romano Pontífice é o Pastor universal da Igreja?
Devido aquilo que Jesus Cristo disse a Pedro, o primeiro Papa: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que atares na terra será atado no céu, e o que desatares na terra será desatado no céu”. E também àquilo: “Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas”. 
Todas as sociedades de homens que não reconhecem o Romano Pontífice como seu superior, pertencem a Igreja de Jesus Cristo?
Não. Todos aqueles que não reconhecem o Romano Pontífice como seu superior, não pertencem à Igreja de Jesus Cristo.
COMO PODEMOS DISTINGUIR A IGREJA DE JESUS CRISTO DAS OUTRAS MUITAS SOCIEDADES OU SEITAS FUNDADAS PELOS HOMENS QUE SE CHAMAM A SI MESMAS DE CRISTÃS?
Podemos distinguir a verdadeira Igreja de Jesus Cristo das muitas sociedades ou seitas fundadas por homens que se autointitulam cristãs, pelas quatro notas: UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA.
POR QUE SE DIZ QUE A IGREJA É UNA? 
Porque a verdadeira Igreja é UNA, porque seus filhos, em qualquer momento e lugar em que estejam, ESTÃO UNIDOS NA MESMA FÉ, NO MESMO CULTO, NA MESMA LEI, E PARTICIPAM DOS MESMOS SACRAMENTOS, sob a autoridade do Pastor universal, o Romano Pontífice.
NÃO PODERIA HAVER MAIS IGREJAS?
Não. Não poderia haver várias igrejas porque, como há um só Deus, uma só fé e um só batismo, não há e não pode haver mais que uma só Igreja verdadeira.
Porém não se chamam também igrejas o conjunto dos fieis de uma nação ou de uma diocese?
Chamam-se também igrejas o conjunto de fieis de uma nação ou de uma diocese, mas também são partes da Igreja universal e com ela formam uma só Igreja.
POR QUE SE DIZ QUE A VERDADEIRA IGREJA É SANTA?
DIZ-SE QUE A VERDADEIRA IGREJA É SANTA PORQUE CRISTO, SUA CABEÇA INVISÍVEL É SANTO, PORQUE MUITOS DE SEUS MEMBROS SÃO SANTOS, E PORQUE SUA FÉ, SUA LEI, E SEUS SACRAMENTOS SÃO SANTOS E FORA DELA NÃO HÁ NEM PODE HAVER VERDADEIRA SANTIDADE.
Por que se chama a Igreja de Católica?
A verdadeira Igreja se chama Católica, que significa universal, porque abarca os fieis de todos os tempos e de todos os lugares, de todas as idades e de todas as condições e todos os homens do mundo são chamados a se unir a ela.
http://www.chapelles-sedevacantistes.com/pages/Questce_que_le_sedevacantisme_-2284895.html
Nota do blogue: Como confirmação do dito acima acerca da impossibilidade de o Papa ensinar e/ou promover o erro, lembremo-nos da conclusiva citação de São Francisco de Sales: o Pastor não pode conduzir ao erro seus filhos, portanto, os sucessores de São Pedro têm todos seus mesmos privilégios, que não são anexos à pessoa, mas à dignidade e ao cargo público”. (Controvérsias, p. II, cap. VI, art. XIV)
“E JAMAIS faz um mandamento geral a toda Igreja em coisas necessárias senão pela assistência do Espírito Santo, pois se não falta nem às espécies de animais em coisas necessárias, porque Ele as estabeleceu, menos faltará ao Cristianismo no que é necessário para a vida espiritual. E COMO SERIA A IGREJA UNA E SANTA, TAL COMO AS ESCRITURAS E OS SÍMBOLOS A DESCREVEM? POR QUE SE ELA TIVESSE UM PASTOR E O PASTOR ERRASSE, COMO SERIA SANTA? E SE NÃO LHE SEGUISSE, COMO SERIA UNA? E QUE DESORDEM NÃO SE VERIA NO CRISTIANISMO, SE ALGUNS ACHASSEM E ENCONTRASSEM UMA LEI MÁ E OS OUTROS, BOA, E SE AS OVELHAS EM LUGAR DE PASTAR E ENGORDAR NOS PASTOS DA ESCRITURA E DA SANTA PALAVRA SE DISTRAÍSSEM EM FISCALIZAR OS JUÍZOS DO SUPERIOR?(Controvérsias, p. II, cap. VI, art. XV)