Férias...Tempo para melhor refletir
sobre a magnificência de Deus e seus outros atributos...Tempo para melhor
refletir sobre nós mesmos e sobre aqueles que nos cercam...Tempo para
família...Tempo para leituras...Tempo sempre para a caridade...Tempo para
recreações...onde re-criaremos as nossas vidas em conformidade com a vida de
Nosso Senhor Jesus Cristo!
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
108ª Nota - Fragmento do livro "História de uma Família"
Terminei a leitura do excelente livro “HISTÓRIA DE UMA FAMÍLIA, Uma Escola de
Santidade, o lar onde floresceu Santa Teresinha” (1945), do padre Stéphane
Joseph Piat.
Excerto:
“É um fato que os modernos julgaram
libertar-se das suas cadeias atentando contra a divina arquitetura da família.
A revolução francesa deu o primeiro golpe de picareta quando instituiu o
casamento civil que nega praticamente o caráter religioso do contrato conjugal.
Arrancado a Deus o edifício e entregue às mãos dos homens, não tardou que a
vaga furiosa das paixões o conseguisse demolir. Até os alicerces foram
atacados. Era lógico. Com que direito pretenderia um legislador humano
disciplinar o mais imperioso dos instintos?
Servidão à unidade do lar. Não será
crueldade limitar a tal ponto as manifestações de sensibilidade de um coração
imenso?
Servidão à indissolubilidade do laço.
Como recusar aos casais desunidos a ‘válvula de segurança’ do divórcio?
Servidão ao próprio laço. O amor ‘filho
da Boemia’ pode admitir leis? ‘O teu corpo é teu’, eis a fórmula do futuro.
Servidão à prole, testemunha importuna
que prejudica as evoluções sentimentais. Vamos lá, que ainda assim haja ‘o
único’ para perpetuar o nome. Mas para longe com os múltiplos nascimentos que
impõem abnegação onde tudo deve ser licença!
Servidão à educação. O Estado que a tome
à sua conta. Não é ele desde Jean Jacques Rousseau, o pai universal encarregado
da fiscalização da raça?
Servidão à autoridade do marido. No
entender de certo feminismo, as fronteiras dos sexos desapareceram. O tipo da
‘mulher perfeita’ é doravante o do ‘homem falhado’.
O prazer em comum, o egoísmo absoluto
dos cônjuges, a aventura precária, eis o que a nova moral sem obrigação nem
sanção põe no lugar do compromisso estável e do dom pessoal. Julio Basilio
Guesde dava disto a definição quando dizia impudentemente no seu ‘Catecismo
Socialista’ publicado em 1878: ‘Deverá conservar-se a Família? Não, pois foi
até agora uma das formas da propriedade e não a menos odiosa...Tanto o
interesse da espécie como dos elementos que entram na composição da família,
exigem que esse estado de coisas desapareça.” (...)
O humanismo desaparece ante a
sensualidade. O sombrio destino do lar de Karl Marx não será um pálido símbolo
desta desolação do lar? Das três filhas do mestre do socialismo, duas acabaram
pelo suicídio, a primeira por ter suportado os maus tratos de um discípulo do
seu próprio pai, para mais entusiasta de Darwin, a segunda por ter ligado a sua
sorte à de um militante francês, Paulo Lafargue que se envenenou com ela
deixando estas palavras de explicação: ‘Morremos porque a vida já não tem
alegrias para nos dar’. A frase é significativa da desorientação das almas sem
Deus. As alegrias expulsaram a alegria; os amores expulsaram o amor. Sob o
aspecto elegante de uma civilização refinada, este mundo onde a gente se
diverte, apenas serve para se morrer sufocado. (...)
Sobre os escombros do solar antigo
instalou-se a estatolatria condenada por Pio XI. Fala-se hoje muito de cruzada
em favor dos direitos da pessoa humana. Não será o lar o berço e o centro da
vida pessoal? Arruinado o lar, ficou apenas frente a frente o indivíduo-átomo e
o Estado-Moloch que o subjuga e o devora. Só a família pode resistir a esse
poder totalitário que o próprio Nietzsche denominava um dia “o mais frio dos
monstros frios”. Ou ‘regresso à família’ ou ‘Tudo para o Estado’, não há outra
alternativa. Pio XII afirma-o quando reivindica, nas suas mensagens, ‘o espaço
vital da família’”.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
107ª Nota - A Coruja e o Rouxinol
DA NATUREZA E FINALIDADE DO CANTO
“Coruja, tu me perguntas”, disse o
rouxinol, “se nada mais sei fazer além de cantar no verão, trazendo alegria a
todos. Por que indagas sobre os meus dons? Meu único dom é melhor que todos os
teus; um canto da minha boca é melhor que tudo aquilo que a tua espécie jamais
conheceu. E ouve, vou dizer-te por quê. Sabes para que nasceu o homem? Para a
ventura do reino celestial, onde há sempre canto e também alegria; para lá vai
todo homem que conhece algo de bom. Por isso os homens cantam na santa Igreja e
os clérigos compõem cânticos; para que o homem se lembre, através do canto, do
lugar para onde deverá ir e longamente ficar, para que não esqueça a alegria,
mas pense nela e a alcance, aceitando o ensinamento da Igreja sobre quão
jubilosa é a ventura do céu. Clérigos, monges e cônegos, lá onde há comunidades
religiosas, levantam-se à meia-noite e cantam a luz celeste; e em toda parte a
cantam padres quando se levanta a luz do dia. E eu os ajudo no que posso,
cantando com eles noite e dia; e graças a mim todos eles se alegram mais e se
dispões melhor para o canto. Alerto os homens para o próprio bem, para que
exultem nos seus corações, e peço-lhes que procurem aquele mesmo canto que é
eterno.”
Da réplica da Coruja:
“Mas eu te refuto também por outros
motivos: pois, quando pousas no teu galho, atrais os homens para a luxúria da
carne, sempre que ouvem os teus cantos. Desprezas toda a alegria celeste,
porque dela não tens qualquer noção; sabes apenas cantar a lascívia, pois em ti
não existe nenhuma santidade; e ninguém há de confundir os teus trinados com o
que o padre canta na igreja. Mas vou falar-te sobre outra coisa para ver se és
capaz de explicá-la: por que não cantas para outros povos, que do canto têm
mais necessidade? Jamais cantas na Irlanda, nem vens nunca para a Escócia. Por
que não viajas para a Noruega, nem cantas para os homens de Galloway? Lá vivem
pessoas que pouco sabem do cantar que existe sob o sol. Por que não cantas lá
para os padres, ensinando-lhes os teus trinados e mostrando-lhes, com as tuas
notas, como cantam os anjos do céu? Comportas-te como uma fonte inútil, que
brota junto a um rio impetuoso e deixa seca a encosta, enquanto corre sem
serventia para a planície. Eu, porém, viajo para o norte e para o sul, e sou
conhecido em todas as terras; leste e oeste, longe e perto, cumpro bem o meu
dever, alertando os homens com os meus gritos, para que não os seduza o teu
canto enganoso. Advirto os homens com o meu canto para que deixem o pecado;
peço-lhes que não continuem iludindo a si mesmos, pois é melhor chorar aqui que
ser depois companheiro dos demônios.”
http://excerptos.blogspot.com.br/2012/04/coruja-e-o-rouxinol.html
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
106ª Nota - Obrigações dos chefes de família
1-
Sustentar a família conforme o próprio estado;
2-
Não dissipar os bens da família em jogos nem em vaidades;
3-
Pagar pontualmente o ordenado aos empregados;
4-
Vigiar sobre os costumes de seus filhos e dependentes;
5-
Procurar que frequentem a palavra de Deus e os santos Sacramentos;
6-
Corrigi-los com prudência;
7-
Castigá-los sem paixão de ira;
8-
Tratá-los com benevolência;
9-
Tê-los ocupados;
10-
Assisti-los em suas doenças;
11-
Edificá-los com o bom exemplo;
12-
Encomendá-los a Deus, e proporcionar-lhes bons mestres, patrões etc;
13-
Procurar a devida separação entre filhos e filhas, e pessoas de diferente sexo;
14-
Não admitir pessoa alguma que possa, com suas conversações, ou de qualquer
outra maneira, ser motivo de escândalo à família.
(Santo Antônio Maria Claret)
(Santo Antônio Maria Claret)
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
105ª Nota - Intenções do Soberano Pontífice
A exaltação da Santa
Igreja Católica;
A propagação da fé;
A extirpação dos
cismas e das heresias;
A conversão dos
pecadores;
A paz e a concórdia
entre os príncipes cristãos;
As outras
necessidades do Cristianismo.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
104ª Nota - Assim deve ser o católico
Em todos os teus atos, em todas as tuas
obras e em tua conversação, imita os bons, emula os santos.
Considerai com atenção os exemplos dos
justos, e procura imitá-los.
Não finjas uma vida de santidade. Sê de
fato tal como te apresentas. Demonstra o que és, não somente por tua postura,
mas também por teu procedimento.
Veja-se em tua apresentação a
simplicidade, em teu movimento a pureza, em teu gesto a gravidade, em teu porte
a honestidade.
Não demonstres com tuas atitudes o
vergonhoso, o lascivo, o petulante, o insolente, o superficial. Pois a alma
transparece no aspecto do corpo. A atitude do corpo é símbolo da mente, o gesto
do corpo desvela o estado da alma. Por conseguinte, teu andar não represente a
superficialidade, tua conduta não ofenda o teu próximo.
Não te prestes a ser espetáculo para os
outros, não permitas que te denigrem, não te unas a pessoas vãs.
Evita os maus, acautela-te contra os
iníquos, rechaça os indolentes, foge dos ímprobos, expulsa os
preguiçosos.
Afasta-te das turbas de homens, mormente
daqueles que por sua idade são mais propensos aos vícios.
Une-te aos bons, deseja a sua
convivência, busca a sua companhia.
Adere ao homem santo. Se participares de
seu convívio, participarás também de suas virtudes. Quem caminha com os sábios
será sábio; quem anda com estultos, será estulto, pois os semelhantes costumam
juntar-se aos seus semelhantes.
(Santo Isidoro de Sevilha. Synonyma, l. II, c.41.43-44)
(Santo Isidoro de Sevilha. Synonyma, l. II, c.41.43-44)
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
103ª Nota - Oração de Expiação
Eis-me pronto, Senhor, a dar a minha
vida em homenagem a Vossa grandeza, em expiação dos meus pecados e em ação de
graças por Vossos benefícios. Uno-me a Jesus crucificado e a todos os mártires
para me imolar a Vossa glória, ao Vosso amor e ao Vosso beneplácito. Ó Mãe das
Dores e do Perpétuo Socorro, assisti-me na vida e sobretudo na última hora.
Amém!
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
102º Nota - A verdadeira intolerância
"A
intolerância não é estupidez ou fúria cega. Não é mesmo digno de ser
intolerante quem não sabe por que deve sê-lo, quem não sabe por que o é.
Intolerância é amor da verdade, e tanto da Suprema Verdade, como de qualquer
verdade. É a face exterior da convicção, que por sua vez é a face interior da
verdade, que, se não depende de nós para ser, só o é para nós quando a
procuramos, a amamos, e sabemo-la defender."
(Jackson de Figueiredo)
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
101ª Nota - Esposa e Mãe exemplar
Educada
assim na virtude e na temperança, mais sujeita por ti a seus pais que por seus
pais a ti, logo que chegou à idade núbil, foi dada em matrimônio a um homem, a
quem serviu como a senhor. Procurou ganhá-lo para ti, falando-lhe de ti com
suas virtudes, com as quais a tornavas formosa e reverentemente amável e
admirável ante seus olhos. De tal modo tolerou suas infidelidades, que sobre
este ponto jamais teve com ele a menor rixa, pois, esperava que tua
misericórdia viria sobre ele, e que lhe trouxesse, com a fé, a castidade.
Seu
marido, aliás, se por uma parte era sumamente carinhoso, por outra era
extremamente colérico; mas ela tomava o cuidado de não se opor ao marido irado
nem com ações, nem mesmo com palavras. Logo que o via tranquilo e sossegado, e
o julgava oportuno, dava-lhe razão do que havia feito, se por acaso se tivesse
irritado desmedidamente.
Muitas
senhoras, que tinham maridos mais calmos, traziam no rosto as marcas de golpes
que as desfiguravam. Conversando entre amigas punham-se a murmurar sobre a
conduta dos maridos. Minha mãe acusava-lhes a língua, e, como por gracejo,
lembrava-lhes que, desde que ouviram a leitura do contrato matrimonial, deviam
considerá-lo como documento que as tornava servas, e que a lembrança de sua
condição, proibia-lhes de se mostrarem altivas diante de seus senhores. Essas
senhoras, que conheciam a ferocidade de seu marido, admiravam-se de que jamais
ninguém tivesse ouvido ou percebido por nenhum indício que Patrício maltratasse
a mulher, nem sequer que algum dia se tivessem desentendido em alguma
discussão. E como lhe pedissem familiarmente, a razão disso, minha mãe
ensinava-lhes como agia habitualmente, que é como disse acima. As que a
imitavam, fazendo a experiência davam-lhe graças; as que não a seguiam, escravizadas,
continuavam a sofrer humilhações e sevícias.
Sua
sogra, a princípio irritara-se contra ela por causa dos mexericos de criadas
malévolas. Mas conseguiu vencê-la de tal modo com favores, contínua tolerância
e mansidão, que ela mesma, espontaneamente, denunciou ao filho as línguas
intrigantes das criadas, que perturbavam a paz doméstica entre ela e a nora, e
pediu que as castigasse. Ele, para agradar a mãe e conservar a disciplina
familiar e a harmonia entre os seus, mandou açoitar as acusadas, segundo a
vontade da acusante, e esta lhes declarou que esse era o prêmio que devia
esperar dela quem, pretendendo agradá-la, lhe dissesse algum mal da nora. E
como ninguém mais se atrevesse a fazê-lo, viveram as duas em doce e memorável
harmonia.
A
esta tua boa serva, em cujas entranhas me criaste, ó meu Deus, minha
misericórdia, dotaste de outra grande virtude: a de intervir como pacificadora,
sempre que podia, nas discórdias e querelas. Em vão ouvia ele uma e outra parte
essas queixas amargas, vomitadas por uma animosidade cheia de ressentimentos,
quando na presença de uma amiga os ódios mal digeridos se desafogam em amargas
confidências a respeito de uma amiga ausente, pois, ela nada referia de uma à
outra, senão o que poderia servir para uma reconciliação.
Pequeno
bem me pareceria este, se uma triste experiência não me houvesse dado a
conhecer uma multidão de pessoas – por não sei que horrível contágio de
pecados, espalhados por toda parte – que não só revelam as palavras pesadas de
inimigos irados, mas que ainda acrescentam coisas que não foram ditas. Um homem
verdadeiramente humano deveria considerar pouco o não excitar nem aumentar as
inimizades dos homens, se não procura antes extingui-las falando bem.
Tal
era minha mãe, ensinada por ti, mestre interior, na escola de seu coração. Por
último, conseguiu também conquistar para ti a seu marido no fim da vida, não
tendo que lamentar no cristão o que havia tolerado no infiel.
Ela
era também a serva de teus servos, e todos os que a conheciam te louvavam,
honravam, amavam muito em sua pessoa, porque percebiam tua presença em seu
coração, comprovada pelos frutos de uma vida santa.
Havia
sido mulher de um só homem, saldara para os pais sua dívida de gratidão,
governara sua casa piedosamente e tinha o testemunho de suas boas obras.
Educara os filhos, dando-os à luz tantas vezes quantas os via apartarem-se de
ti.
Quanto
a nós, Senhor, que nos chamamos teus servos por tua permissão, nós, que vivemos
em comum na graça de teu batismo, antes de adormecer em tua paz, ela cuidou de
nós como se todos fossemos seus filhos, e de tal modo nos serviu como se fosse
filha de cada um de nós.
(Santo Agostinho, As Confissões)
(Santo Agostinho, As Confissões)
http://excerptos.blogspot.com.br/p/esposa-e-mae-exemplar.html
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
100ª Nota - Sinagoga de Satanás
Há duas histórias: a oficial, que é
mentirosa, e a secreta, em que estão as verdadeiras causas dos acontecimentos. (Honoré de Balzac, em “Les Illusions
Perdues”, Tomo III)
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
99ª Nota - Oração composta por Jackson de Figueiredo
Senhor! Eu temo a tua justiça e vivo
assombrado da tua bondade. Quem sou eu, que tenho feito nos pés da tua
clarividência?
Eu posso repetir a palavra de meu irmão:
sou uma miséria dos pés à cabeça, sou uma lástima viva. Qual foi o momento em
que tive coração digno de Ti? Por que me proteges, Senhor?
Eu só vejo a face exterior da vida. Mas
quantos sofrimentos tenho visto! Homens que julgo melhores do que eu tenho
visto rolarem de infortúnio em infortúnio...
E por que me deste tudo Deus de justiça?
E por que fechaste o círculo da minha ambição? Eu não desejei fortuna; desejei
amar e ser amado. E tu não pedes outra coisa, e concedeste-me esta graça. A Jó
experimentastes, pesadamente - tinha ele o corpo em chagas, perdera todos os
bens e chasqueou da sua miséria a mulher a quem amava. Eu tenho o meu coração
guardado num coração maior do que o meu. Deus de misericórdia, fio que não me
experimentes também. Eu sei que a felicidade é às vezes mais perigosa que o
pesar.
Tudo dorme em derredor de mim. Lá fora,
porém, clamam os grandes ventos que soltaste e não tarda talvez que a
tempestade se desencadeie. Eu tenho o coração angustiado. Está longe de mim a
graça que me concedeste. Tenho medo, Senhor, estou sozinho. Jesus Cristo tenha
pena de mim! A Virgem Santíssima tenha misericórdia de mim!
Senhor! Eu temo a Tua justiça. Senhor eu
vivo assombrado de tua bondade. Meu Jesus Cristo! Minha Santa Maria, tenha
piedade de mim!
(Composta por Jackson de Figueiredo e
enviada para sua Laura na noite de 20/2/1919)
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
98ª Nota - A Unidade não está por cima da Verdade
O
grande perigo, que ameaça hoje os católicos e a uma ampla parte da hierarquia,
é o desejo de conciliar coisas que são inconciliáveis. (...)
Alguns,
com efeito, não se dão conta de que declarando: “Devemos abandonar o gueto
católico e adotar uma atitude mais positiva com relação ao mundo”, abrem a
porta ao diabo, que os conduz a não ver já o contraste, irreconciliável e sem
fim, entre o espírito de Cristo e o espírito do mundo. (...)
A
unidade não está por cima da verdade.
Uma
tendência muito estendida é a que põe a comunidade por cima da verdade; isso
leva a considerar a unidade mais importante que a verdade e a temer mais o
cisma que a invasão do erro e da heresia na Igreja. Considerando essencial a
paz dos crentes, se verdadeiros discípulos de Cristo alçam a voz, para defender
o depósito da fé católica contra as falácias de novas interpretações que
despojam de seu conteúdo sobrenatural a mensagem do Verbo encarnado, são
considerados por muitos prelados como perturbadores incômodos.
Toda
unidade entre crentes, se obtém a expensas da verdade, não é somente uma
pseudounidade; em sua essência mais profunda é uma traição a Deus. Se coloca a
fraternidade social, o viver bem juntos e o não molestar ninguém por cima da
fidelidade a Deus. Essa é precisamente a atitude contrária a todos os grandes
adversários do arianismo: de um Santo Atanásio, de um Santo Hilário de
Poitiers.
Ninguém,
como Pascal, desmascarou tão clara e profundamente o falso irenismo que põe a
unidade acima da verdade. Escreve: “Não se vê com claridade que, como é um
crime perturbar a paz quando reina a verdade, também o é permanecer em paz
quando se destrói a verdade? Há, pois, um tempo em que a paz é justa e outro em
que é injusta. Está escrito que “Há tempo de paz e tempo de guerra”: é o
interesse da verdade o que os discerne. Porém, não há tempo de verdade e tempo
de erro; está escrito, ao contrário, que “a verdade de Deus permanece
eternamente”. Por isso, Jesus Cristo, que disse que veio para trazer a paz,
disse também que veio para trazer a guerra; porém, não disse que veio para
trazer a verdade e a mentira. A verdade é, portanto, a primeira regra e o
último fim de todas as coisas.” (Pensées, 949)
Dietrich
von Hildebrand, publicado em “France Catholique”, 21/4/1972, e em
“Iglesia-Mundo”, 8/12/1973.
http://statveritasblog.blogspot.com.br/
http://statveritasblog.blogspot.com.br/
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
97ª Nota - A propósito do "mal menor" - Argumento tão usado por alguns em face das eleições
O
princípio moral de que é lícito eleger um mal menor vale em determinados casos,
por exemplo, no da legítima defesa, servato moderamine inculpatae tutelae
(...). Não vale em todos os casos. (...).
No
caso de erro, não se pode eleger o “menor erro”. Qual é o menor erro? Porventura
o erro mesclado com verdades? Esses são os mais perniciosos (...). O liberalismo
é um erro. Posso eleger o liberalismo para afastar o comunismo? Não! Devo
rechaçar ambos. O erro é o mal maior do homem. O liberalismo é pecado, escreveu
dom Sardá y Salvany (...).
Se
há discussão entre sete homens, um dos quais diz que dois mais dois são quatro,
outros três dizem que dois mais dois são cinco, e os três restantes que dois
mais dois são quatrocentos, deverá o primeiro pôr-se a favor dos que afirmam
cinco porque é um erro menor?
Padre
Leonardo Castellani, “El mal menor”, 1958
http://statveritasblog.blogspot.com.br/2015/12/a-proposito-del-mal-menor-argumento-tan.html
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
96ª Nota - Grande Alegria é ter uma família tradicional
Como
é prazeroso voltar para casa após o trabalho e ser recebido pela esposa e filhos.
Quão
grande é a bondade divina em nos dar tamanha alegria.
Dai
ao Brasil, Jesus, Maria e José, santas famílias!
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
95ª Nota - Os católicos e sua covardia política
Por
mais que nos queiramos iludir, o certo é que sentimos quanto é morna e inexpressiva a atmosfera moral do Catolicismo no Brasil. Somos o número, somos
talvez a riqueza, nada ficamos a dever aos nossos inimigos nos domínios da
inteligência e da cultura, da honestidade e do trabalho, e, no entanto,
sentimos que pesamos muito pouco na orientação geral da vida pública
brasileira. E por quê? Porque o católico se deixa amortalhar na mais dolorosa
das covardias, que é a covardia política.
(FIGUEIREDO, Jackson de. Trechos escolhidos. Rio de Janeiro: AGIR, 1958.)
(FIGUEIREDO, Jackson de. Trechos escolhidos. Rio de Janeiro: AGIR, 1958.)
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
94ª Nota - Jumento, nosso irmão
O Jumento na História, Religião,
Economia, Folclore, Literatura
Humberto
de Campos, em ‘Destinos’, páginas 29 a 32, escreve interessante diálogo que
transcrevemos aqui, como valioso subsídio literário.
Um
Gênio cansado de habitar o Espaço, resolveu fixar domicílio na Terra, e nela
pousou, um dia. Desceu em uma planície, por onde passava um lenhador puxando o
seu burro pelo cabresto, fê-los parar, a fim de lhes pedir informações sobre o
mundo em que viviam.
O
Gênio – Qual foi de vós, neste planeta, o que inventou a Guerra?
O
Burro – (indicando o homem com o focinho) – Foi ele, senhor.
O
Gênio – Qual é, dos dois, o que ajuda o outro?
O
Homem – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual é o que conduz ao dorso os peregrinos cansados?
O
Burro – Sou eu, senhor.
O
Gênio – Qual é, dos dois, o que mata os outros animais para lhes comer a carne?
O
Homem – Sou eu, senhor.
O
Gênio – Qual é o que engaiola os pássaros, privando-os da liberdade?
O
Burro – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual foi o que conduziu Jesus de Nazaré ao Egito, vencendo léguas no
deserto?
O
Homem – Foi ele, senhor.
O
Gênio – Qual o que levou Jesus, de novo, a Jerusalém, para pregar a palavra
divina?
O
Homem – Foi ele, senhor.
O
Gênio – Qual o que O injuriou, e O crucificou?
O
Burro – Foi ele, senhor.
O
Gênio – Qual o que se alimenta com a relva do chão, e não pede a Deus senão
isso?
O
Homem – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual o que mata os outros animais, para lhes tirar a pele a fim de
enfeitar-se com ela?
O
Burro – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual, dos dois, o que é modesto e resignado?
O
Homem – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual é o que se embriaga?
O
Burro – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual é o que não tem ambições, e se satisfaz com que Deus lhe dá?
O
Homem – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual, dos dois, inventou a forca?
O
Burro – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual o que puxa o arado?
O
Homem – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual o que come o pão, que o outro moeu?
O
Homem – Sou eu, senhor.
O
Gênio – Qual o que se contenta humildemente com a palha?
O
Burro – Sou eu, senhor.
O
Gênio – Qual o que tem a boca cheia de pragas e blasfêmias contra Deus?
O
Homem – Sou eu, senhor.
O
Gênio – Qual o que perfura a terra em busca do ouro que Deus enterrou?
O
Burro – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual o que espetou a vela no tronco da madeira, para morrer no mar?
O
Homem – Fui eu, senhor.
O
Gênio – Qual o que é, na vida, o exemplo da mansidão e candura?
O
Homem – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual o que incendeia as florestas, destruindo as forças vivas da
Natureza?
O
Burro – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual o que explora e rouba os seus semelhantes, dividindo-os em ricos,
que destroem o trigo, e em pobres que morrem sem pão?
O
Burro – É ele, senhor.
O
Gênio – Qual o que escraviza os seus irmãos, atirando-os, nos campos de
batalha, uns contra os outros?
O
Homem – Sou eu, senhor.
O
Gênio – Qual o que tem existência mais simples, e na conformidade das leis da
Natureza?
O
Burro – Sou eu, senhor.
O
Gênio – Qual, por ter vida honrada, e pura, é Rei da Criação, e se considera,
na Terra, a imagem de Deus? (Para o burro): – És tu, não é verdade?
O
Burro – Não; é ele, senhor.
A
essas palavras, o Gênio suspendeu o voo e foi habitar outro planeta.
(Padre Antônio Vieira)
(Padre Antônio Vieira)
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
93ª Nota - Os 10 mandamentos do Facebook
Se alguns desses sintomas aparecem em
você, facebookiano(a), então, está na hora de repensar sobre a sua necessidade de se manter nessa rede social.
Lembre-se do provérbio: quem vive no perigo, no perigo morre!
1º Sintoma: Não conseguir ficar um dia
sem acessá-lo;
2º Sintoma: Aumento da curiosidade fútil
e sensual;
3º Sintoma: Conivência com a imoralidade
recebida, quer seja escrita, quer seja imagem, vídeo e/ou som;
4º Sintoma: Desejo de ser visto(a),
conhecido(a), reconhecido(a) e amado(a) pelos outros facebookianos;
5º Sintoma: Falta de vontade para rezar
e/ou ler livros religiosos e morais;
6º Sintoma: Perda crescente da
consciência reta;
7º Sintoma: Desejo cada vez maior de
flertar. O Facebook é comprovadamente causa crescente de adultérios e divórcios;
8º Sintoma: Isolamento ou, quando o
oposto, vontade de frequentar ambientes mundanos e pecaminosos;
9º Sintoma: Aversão
por aqueles que são contrários ao uso do Facebook;
10º Sintoma: Indiferença com relação a Deus e a Sua Santa Igreja, Una, Católica, Apostólica,
Romana.
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
92ª Nota - As sete obras de misericórdia espirituais
As sete obras de misericórdia
espirituais:
1. Dar bom conselho aos
que pecam.
2. Ensinar os
ignorantes (a doutrina católica).
3. Aconselhar os que
duvidam.
4. Consolar os tristes.
5. Sofrer com paciência
as fraquezas do nosso próximo.
6. Perdoar as injúrias
por amor de Deus.
7. Rogar a Deus pelos
vivos e pelos defuntos.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
91ª Nota - Os mandamentos do homem contemporâneo e inimigo de Cristo
1) Conhecerás
bem o mundo;
2) Viverás
como homem honrado;
3) Orientarás
bem os teus negócios;
4) Guardarás
bem o que te pertence;
5) Procurarás
sair do anonimato;
6) Procurarás
ganhar-te amigos;
7) Frequentarás
a alta sociedade;
8) Comerás
e beberás bem;
9) Não
alimentarás melancolias;
10) Evitarás
a singularidade, a rudeza, a beatice.
São Luís Maria de Montfort (1673-1716)
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
90ª Nota - Máximas de Santo Afonso Maria de Ligório
Queira
sempre crescer no amor a Jesus Cristo.
Manifeste
frequentemente seu amor a Jesus Cristo: acorde e adormeça fazendo um ato de
amor. Procure sempre unir sua vontade à de Jesus Cristo.
Medite
frequentemente na sua Paixão.
Peça
sempre que Jesus Cristo lhe dê o seu amor.
Comungue
frequentemente, durante o dia faça muitas comunhões espirituais.
Visite
frequentemente Jesus Sacramentado.
Cada
manhã receba sua cruz das mãos de Jesus Cristo.
Deseje
o Céu e a morte para amar perfeitamente e para sempre Jesus Cristo.
Fale
muitas vezes do amor de Jesus Cristo.
Por
amor de Jesus Cristo aceite as contrariedades.
Alegre-se
com a felicidade de Deus.
Faça
o que mais agrada a Jesus Cristo, nada lhe negue.
Deseje
e procure que todos amem a Jesus Cristo.
Reze
sempre pelos pecadores e pelos que estão no Purgatório.
Expulse
do coração qualquer afeto que não seja por Jesus Cristo.
Recorra
sempre a Maria para que lhe consiga a graça de amar Jesus Cristo.
Honre
Maria para agradar Jesus Cristo.
Faça
tudo para agradar Jesus Cristo.
Ofereça-se
a Jesus Cristo para sofrer qualquer coisa por seu amor.
Queira
antes morrer do que fazer um pecado leve deliberado.
Suporte
em paz as cruzes dizendo: Assim quis Jesus Cristo.
Por
amor de Jesus Cristo não procure sua própria satisfação.
Ore
o mais que puder.
Continue
firme nas boas obras, mesmo no tempo da aridez espiritual.
Não
faça nada, nem deixe de fazer nada por respeito humano.
Não
se lamente nas enfermidades.
Ame
a solidão, para estar a sós com Jesus Cristo.
Expulse
a melancolia.
Não
perca a confiança por causa de seus defeitos: arrependa-se e trate de se
emendar.
Faça
o bem a quem lhe faz o mal.
Fale
bem de todos; desculpe pelo menos a intenção se não puder desculpar as ações.
Ajude
o próximo o mais que puder.
Não
faça nada, nem diga nada que lhe desagrade. Tendo faltado com a caridade,
peça-lhe perdão, ou converse amistosamente.
Renove
sempre o propósito de se santificar, dizendo: Meu Jesus, quero pertencer-vos
inteiramente, quero que sejas todo meu.
domingo, 22 de novembro de 2015
89ª Nota - Filme: Cartas ao Padre Jacó
Interessante e convincente filme.
No
Youtube, trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=ENY06eM2WJk
No
Gloriatv, filme completo:
http://gloria.tv/media/ftnxacffqvp
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