Para aqueles que na sua fragilidade
humana se escandalizam, seguem algumas palavras do famoso e combativo sacerdote
SARDÁ Y SALVANY, em seu livro O LIBERALISMO É PECADO:
“Já
nos lançam no rosto o faltar com a caridade... Não há, pois, falta de caridade
chamar o mal de mal; aos autores, favorecedores e seguidores do mal: malvados;
e ao conjunto de todos os seus atos, palavras e escritos: iniquidade, maldade,
perversidade.”
“Se a propaganda do bem e a necessidade
de atacar o mal exigem o emprego de frases duras contra os erros e seus
reconhecidos corifeus, estas podem ser empregadas sem faltar com a caridade.”
“O mal nos deve incitar horror e ódio, e
para isto, devemos tratá-lo como mal, perverso e desprezível.”
“As ideias más devem ser combatidas e
desautorizadas, e fazê-las aborrecíveis, desprezíveis e detestáveis à multidão,
à qual tentam enganar e seduzir.”
“Assim, convém desautorizar e
desacreditar seu/s livro/s, periódico/s ou discurso/s; e não somente isto,
senão desautorizar e desacreditar em alguns casos suas pessoas. Se eles podem,
em certos casos, tornar públicas as suas infâmias, ridicularizar os costumes,
cobrir de infâmias nome e sobrenome. Sim, senhor; nós também podemos fazer em
prosa, em verso, de maneira séria ou sarcástica, em gravação e por todas as
artes e por todos os procedimentos que se podem inventar.”
E citando Crétineau-Joly: “A verdade é a
única caridade permitida na história; e poderia acrescentar: na defesa
religiosa e social.”
Portanto, aos ouvidos frágeis e cabeças
ocas, a caridade, única e verdadeira, é a verdade, pois Deus é Caridade, e Deus
é Verdade. Conceber a caridade sem a verdade é uma das adulterações do modernismo
e do liberalismo.
É por isto que Sardá y Salvany diz em
consequência: “Nossa fórmula é muito clara e concreta. É a seguinte: a suma
intransigência católica é a suma católica caridade.” Claro que isto não o
entende nem o quer entender o homem de hoje, ou melhor, não lhe parece, pelas
influências da atmosfera liberal, politicamente correto.
(Extraído de um artigo do padre Basilio
Méramo)