Alguns “católicos antimodernistas” usam como principal razão para permanecer na igreja pós-conciliar (Vaticano II) a necessidade da nota de visibilidade da Igreja Católica, e, pelo fato de que a igreja pós-conciliar é visível, reprovam os sedevacantistas por estarem fora dela como se estivessem fora da Igreja Católica.
Entretanto, o que a igreja pós-conciliar
de cargos burocráticos, poder, espetáculo propagandístico e ritual tenha de
católica é totalmente invisível a eles mesmos, pois o visível é pura apostasia
e desvio religioso. Esses antimodernistas “projetam” a Santa Igreja Católica,
historicamente Una, sobre essa igreja morta.
Pois bem.
De que serve a visibilidade de um
estabelecimento irreligioso onde a nota católica é totalmente invisível e
necessita ser imaginada?
De que serve essa “catolicidade herdada,
mas fantasmagórica”, se ela é totalmente invisível, e quando intimada ao culto
do Deus verdadeiro, não o faz visível, oficial e universal, a não ser para
satisfação daquelas pessoas presas a tradições que não pertencem àquela que
chamam “Igreja visível”?
De que serve a Igreja Católica tradicional, que amam, se não conseguem vê-la ou encontrá-la, e se ela não tem em seus “representantes autorizados e divinamente assistidos” doutrina católica ortodoxa, nem (salvo raríssimas exceções) sacerdócio, nem eucaristia, nem absolvição válidos?
De que serve a Igreja Católica tradicional, que amam, se não conseguem vê-la ou encontrá-la, e se ela não tem em seus “representantes autorizados e divinamente assistidos” doutrina católica ortodoxa, nem (salvo raríssimas exceções) sacerdócio, nem eucaristia, nem absolvição válidos?
Enfim, apelam para o princípio da
visibilidade, porém confiam em uma igreja invisível, que administra contraveneno
invisível contra a igreja visível, que é, por sua vez, obstáculo e negação evidentes da invisível...
Quanta
loucura para não ficar sozinho, e não ter que baixar um pouco a cabeça e
dizer “ergo erravi”.
Patrício Shaw
(Extraído do blogue Católicos Alerta)