quarta-feira, 28 de junho de 2017

303ª Nota - Uma contraditória concepção sobre a visibilidade da Igreja



Alguns “católicos antimodernistas” usam como principal razão para permanecer na igreja pós-conciliar  (Vaticano II) a necessidade da nota de visibilidade da Igreja Católica, e, pelo fato de que a igreja pós-conciliar é visível, reprovam os sedevacantistas por estarem fora dela como se estivessem fora da Igreja Católica.

Entretanto, o que a igreja pós-conciliar de cargos burocráticos, poder, espetáculo propagandístico e ritual tenha de católica é totalmente invisível a eles mesmos, pois o visível é pura apostasia e desvio religioso. Esses antimodernistas “projetam” a Santa Igreja Católica, historicamente Una, sobre essa igreja morta.

Pois bem.

De que serve a visibilidade de um estabelecimento irreligioso onde a nota católica é totalmente invisível e necessita ser imaginada?

De que serve essa “catolicidade herdada, mas fantasmagórica”, se ela é totalmente invisível, e quando intimada ao culto do Deus verdadeiro, não o faz visível, oficial e universal, a não ser para satisfação daquelas pessoas presas a tradições que não pertencem àquela que chamam “Igreja visível”? 

De que serve a Igreja Católica tradicional, que amam, se não conseguem vê-la ou encontrá-la, e se ela não tem em seus “representantes autorizados e divinamente assistidos” doutrina católica ortodoxa, nem (salvo raríssimas exceções) sacerdócio, nem eucaristia, nem absolvição válidos?

Enfim, apelam para o princípio da visibilidade, porém confiam em uma igreja invisível, que administra contraveneno invisível contra a igreja visível, que é, por sua vez, obstáculo e negação evidentes da invisível...

Quanta loucura para não ficar sozinho, e não ter que baixar um pouco a cabeça e dizer “ergo erravi”.
Patrício Shaw

(Extraído do blogue Católicos Alerta)