Sabemos que os tradicionalistas, entre
estes a FSSPX, são antissedevacantistas, porém paradoxalmente afirmam que João
XXIII e seus sucessores até Bento XVI foram liberais, como outrossim Francisco
Bergoglio, a mais gritante expressão do liberalismo contemporâneo.
Ora, o liberalismo é heresia condenada
pela Santa Madre Igreja Católica, Apostólica, Romana e Perseguida!
Como entender, então, que possa ser Papa
alguém que aceita e professa a heresia liberal? Não há como entender isto, a
não ser negando tudo o que foi ensinado e condenado pelo Magistério da Igreja
até Pio XII.
E para provar essa contradição, citaremos
o grande escritor católico do século XIX Louis Veuillot, que certamente assumiria
a posição sedevacantista, se hoje estivesse vivo.
Em seu excelente livro “A Ilusão Liberal”,
no capítulo XX – “O Pequeno Número”, o ilustre católico, elogiado por Pio IX, o
grande Papa antiliberal, escreve: “Mas eu levanto uma hipótese. Vamos admitir
que todos seguimos a corrente (do liberalismo). Eu digo todos, EXCETO O PAPA,
POIS A HIPÓTESE NÃO PODE CHEGAR ATÉ AÍ”.
E
a razão de ele afirmar que o Papa não pode admitir o liberalismo, está no
ensinamento da Igreja: o Papa não pode ser herege nem promotor
da heresia.
Aliás, é exatamente o que São Francisco de Sales confirma:
“o Pastor não pode conduzir ao erro seus filhos, portanto,
os sucessores de São Pedro têm todos os seus mesmos privilégios, que não são
anexos à pessoa, mas à dignidade e ao cargo público”. (Controvérsias,
p. II, cap. VI, art. XIV)
“E JAMAIS faz um mandamento geral a toda
Igreja em coisas necessárias senão pela assistência do Espírito Santo, pois se
não falta nem às espécies de animais em coisas necessárias, porque Ele as
estabeleceu, menos faltará ao Cristianismo no que é necessário para a vida
espiritual. E como seria a Igreja una e santa; tal como as Escrituras e os
Símbolos a descrevem? Por que se Ela tivesse um Pastor e o Pastor
errasse, como seria santa? E se não lhe seguisse, como seria Una? E
que desordem não se veria no Cristianismo, se alguns achassem e encontrassem
uma lei má e os outros boa, e se as ovelhas em lugar de pastar e engordar nos
pastos da Escritura e da santa Palavra se distraíssem em fiscalizar os juízos
do superior?” (Controvérsias, p. II,
cap. VI, art. XV)
Concluindo: ou aceitamos o sedevacantismo ou
admitiremos vãs fantasias teológicas de cunho liberal.