quarta-feira, 16 de agosto de 2017

320ª Nota - O abraço fatal de João Paulo II em Monsenhor Lefebvre


O Abraço Fatal

Os poucos dias concedidos a Luciani correram e foi eleito o atual e aparentemente imortal Wojtyla, em outubro de 1978, como terceiro “Papa” do Vaticano II. Monsenhor Lefebvre quis ver o novo “Papa”. O encontro teve lugar pouco tempo depois da eleição de Wojtyla. No curso desta conversação histórica, Wojtyla declara a Mons. Lefebvre que podia continuar tudo “aceitando o Concílio Vaticano II à luz da tradição”; fórmula que Monsenhor utilizou sempre em sua tentativa de coexistência com o Novus Ordo. Isto significava, para Monsenhor, avaliar o Concílio para reter somente o que era católico; para Wojtyla, ter outra cor no espectro das ideias. Para Monsenhor Lefebvre era a renovação das esperanças, alimentadas durante o pontificado de Paulo VI, de receber a aprovação da parte do Novus Ordo; para Wojtyla, era o meio de reintegrar os tradicionalistas na “High Church”. Para Mons. Lefebvre, era a esperança de obter uma capela lateral tradicionalista no interior da catedral modernista; igualmente para Wojtyla. Reunindo esta esperança de reconciliação, Wojtyla deu a Monsenhor um abraço fatal. A guerra terminou.

(Excerto de “A Montanha de Gilboa – O caso da Fraternidade São Pio X”, por Dom Donald J. Sanborn, 1995, http://www.catolicosalerta.com.ar/fraternidadspx/gelboe.html)