O Abraço Fatal
Os
poucos dias concedidos a Luciani correram e foi eleito o atual e aparentemente
imortal Wojtyla, em outubro de 1978, como terceiro “Papa” do Vaticano II.
Monsenhor Lefebvre quis ver o novo “Papa”. O encontro teve lugar pouco tempo
depois da eleição de Wojtyla. No curso desta conversação histórica, Wojtyla
declara a Mons. Lefebvre que podia continuar tudo “aceitando o Concílio
Vaticano II à luz da tradição”; fórmula que Monsenhor utilizou sempre em sua
tentativa de coexistência com o Novus Ordo. Isto significava, para Monsenhor,
avaliar o Concílio para reter somente o que era católico; para Wojtyla, ter
outra cor no espectro das ideias. Para Monsenhor Lefebvre era a renovação das
esperanças, alimentadas durante o pontificado de Paulo VI, de receber a
aprovação da parte do Novus Ordo; para Wojtyla, era o meio de reintegrar os
tradicionalistas na “High Church”. Para Mons. Lefebvre, era a esperança de
obter uma capela lateral tradicionalista no interior da catedral modernista;
igualmente para Wojtyla. Reunindo esta esperança de reconciliação, Wojtyla deu
a Monsenhor um abraço fatal. A guerra terminou.
(Excerto de “A Montanha de Gilboa – O
caso da Fraternidade São Pio X”, por Dom Donald J. Sanborn, 1995, http://www.catolicosalerta.com.ar/fraternidadspx/gelboe.html)