A mulher que está de moda, a que se
cotiza nos mercados do mundo é completamente diferente (da mulher forte
bíblica).
Esta mulher da moda não sabe nem pode
fazer feliz o seu marido; por isso a maioria dos matrimônios modernos está
corrompida internamente e por isso os pecados de divórcio são inúmeros.
Nessa mulher não descansa o coração do
marido; não pode confiar-lhe a administração da casa, porque depressa arruinará
o lar. Todo o ordenado lhe parece pouco para vestidos, pinturas e
divertimentos; por isso o marido tem de dar o dinheiro por conta e ela
queixa-se porque não lhe dá mais e porque não trabalha mais, para que ela possa
gastar mais, divertir-se mais e vestir melhor.
E como é gastadora nos seus caprichos,
tem o coração endurecido para a miséria dos pobres.
Não é a mulher forte que se prepara
desde a madrugada para os trabalhos da casa; é a mulher preguiçosa que toma o
pequeno almoço na cama, que dorme até tarde, não porque tenha trabalhado nos
arranjos da casa, mas porque passou a noite no bar, no cinema, na cavaqueira ou
nalguma ceia americana.
Os seus braços não estão feitos para o
trabalho, são feitos para os exibir nus numa exposição de belezas ou de
obscenidades, como são muitas salas de diversão.
Não se prepara de manhã para pegar nos utensílios
de trabalho; enche-se de pulseiras e de anéis, chama a manicure e depois de
aguentar um trabalho meticuloso, exibe essas mãos pelos lugares de reunião...
As suas palavras não estão impregnadas
de bom senso, porque isso é precisamente o que lhe falta.
Tem um critério anticristão; por
isso defende sem vergonha as mães que não querem ter filhos e as que sabem
divertir-se. Para ela nada é pecado. A sua conduta vergonhosa é a vida ideal...
Assanha-se particularmente contra as
mulheres honestas e honradas, conhece os defeitos de todo o povoado e ignora os
próprios que dão que falar a uma legião de más linguas como ela.
Não se preocupa com a conduta nem dos
filhos nem das filhas; e estas imitam a frivolidade e as loucuras da mãe...
Ideal belo: ser a rainha do lar; porém
não o serás, se vais pelo caminho das jovens modernas.
Nem serás rainha, nem terás lar. Serás
um ser desprezível aos olhos de Deus e aos olhos dos homens sensatos.
Jovem,
imita a mulher forte que descreve o Espírito Santo; e se queres realizar essa
imagem, olha para a Virgem Maria no lar de Nazaré. Essa é a rainha do lar.
Imita-a se queres que nesse lar ideal que fantasias, teu marido e teus filhos
te entronizem e te ponham a coroa de rainha.
(Juan
Rey S.J., Retratos de Nossa Senhora, Trad. M. V. Figueiredo, S.J., 1957)