Nem vai contra a natureza da paciência
atacarmos, quando necessário, quem faz o mal; porque, como diz São João
Crisóstomo (Hom. Op. Imperf.) àquilo da Escritura — Vai-te, Satanás (S. Mat., 4,
10) — sofrermos com paciência as injúrias, que nos assacam, é digno de louvor;
mas, é excesso de impiedade tolerar pacientemente as injúrias feitas contra
Deus. E Santo Agostinho acrescenta numa epístola contra Marcelino (138, c. 2)
que os preceitos da paciência não contrariam ao bem público, para cuja
conservação lutamos contra os inimigos.
Santo Tomás de Aquino, em Suma
Teológica (2a. 2ae., q. 136, a. 4, ad 3)