quarta-feira, 18 de outubro de 2017

331ª Nota - A História Secreta do Brasil_3


“Há duas histórias, a oficial, mentirosa, Ad Usum Delphini, e a secreta, em que estão as verdadeiras causas dos acontecimentos, história vergonhosa.” (Balzac, Les Illusions Perdues – t.III)
O tráfico de carne humana
DEPOIS de haver sido a terra do pau-de-tinta, o Brasil era o açúcar e o açúcar era o negro, afirma documentado historiador de nossos dias. Está de acordo com o velho cronista Antonil que assegura serem os escravos pés e mãos dos senhores de engenho. É a mesma opinião que se encontra no Breve discurso sobre o estado das quatro capitanias conquistadas: sem escravos, os engenhos não podiam moer. Monocultura latifundiária, a da cana de açúcar, exigia enorme massa de escravos. Florescia, pois, o comércio de carne humana à medida que prosperava a Indústria açucareira. O suor do negro cimentava a riqueza do segundo ciclo da colonização. Ligados, o comércio de escravos e a produção do açúcar, acabariam caracterizando toda a economia ultramarina. A escravização do índio, tupi ou gé, realizada a principio brutalmente; depois, legalizada pelas famosas cartas-régias, pelos alvarás e provisões das guerras de corso e pelas condenações ao cativeiro, não satisfez as exigências de mão-de-obra para o plantio e moagem da cana. O índio furtava-se pela fuga, pela resistência, pela selvatiqueza e pela própria morte ao trabalho braçal, ao papel forçado de coolie a que o colonizador o queria submeter. Era inadaptável e indomável. Morria aos montões, de clara o padre Antônio Vieira. E sua captura custava maior desperdício de gente e de esforços do que a obtenção do transporte dos negros da África. Demais, o catequizador, alçando a cruz, defendia o indígena e o aldeava. Por isso, segundo Gilberto Freyre, os jesuítas eram “inimigos terriveis dos senhores de engenho”. A luta entre padres e escravizadores foi longa e áspera. Começou em Piratininga com o judeu cohen João Ramalho e terminou, infelizmente, com a vitória dos escravizadores. Foi mais acesa em São Paulo, porque ali o sítio merecia melhor acolhida à imigração judia. No Norte, os senhores de engenho viviam endividados, presos à usura judaica. O judaísmo os manobrava e forçava a lançar mão do operário africano, que os negreiros, também enfeudados a Israel, iam buscar do outro lado do oceano Atlântico. Assim, desde os albores do ciclo do açúcar, começou o emprego da mão-de-obra negra. O horror à atividade manual e a instituição do trabalho escravo, ambos caracterizadores das colonizações peninsulares, tiveram como primeiros impulsionadores os judeus de Portugal. A metrópole estava sob o domínio judaico, que se exercia através de uma rede de créditos, do giro de fundos, das alianças de sangue, do exercício dos cargos técnicos, da usura, da agiotagem, da corrupção, da própria influência dos médicos, na quase totalidade hebreus, no seio das famílias, influência que contrastava até a dos capelões, curas e confessores. Ali, desde o recuado tempo das monarquias visigóticas, os judeus haviam se especializado no comércio de escravos. O que estava de pleno acordo com o código judaico CHOSCHEN HAMISCHPOT, em 227, 26: “É permitido explorar um não judeu, porque está escrito que não é permitido explorar seu irmão”. Como negar ainda a intromissão judaica no tráfico de carne humana, quando um judeu de nota declara textualmente que: “Não há exagero em afirmar que não há quase fato histórico de importância nos quatrocentos anos de vida nacional, no qual não tenham influido ou colaborado, ás vezes proeminentemente, elementos de raça hebraica*”. Ora, que fato de maior importância histórica para nós do que a escravidão? O comércio de escravos é tão fundamentalmente semita que sempre foi denominado tráfico fenício.

*Dr. Isaque Izecksom. “A contribuição judaica na formação da nacionalidade brasileira”, in “Almanaque Israelita do Brasil”, ed. Samuel Weiner, Rio 1935.

Excerto de A História Secreta do Brasil (Vol. 1), de Gustavo Barroso, advogado, professor, museólogo, político, contista, folclorista, cronista, ensaísta, romancista brasileiro, foi membro da Academia Brasileira de Letras (8/3/1923), da Academia Portuguesa da História, da Academia das Ciências de Lisboa, da Royal Society of Literature de Londres, da Academia de Belas Artes de Portugal, da Sociedade dos Arqueólogos de Lisboa, do Instituto de Coimbra, da Sociedade Numismática da Bélgica, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e de vários estados, das Sociedades de Geografia de Lisboa, do Rio de Janeiro e de Lima. A 27 de junho de 1919 foi feito Oficial da Ordem Militar de Cristo, a 7 de junho de 1923 foi elevado a Comendador da mesma Ordem de Portugal, a 5 de fevereiro de 1941 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública e a 22 de maio de 1950 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal.