É, pois, incontestável, depois do que acabamos de
dizer [que a unidade está em conformidade com a fé (N.B.)], que Jesus Cristo
instituiu na Igreja um magistério vivo, autêntico e, além disso, perpétuo,
investido de sua própria autoridade, revestido do espírito da verdade,
confirmado por milagres, e quis, e mui severamente o ordenou, que os
ensinamentos doutrinais desse magistério fossem recebidos como propriamente
seus. Todas as vezes, portanto, que esse magistério declarar que esta ou aquela
verdade forma parte do conjunto da doutrina divinamente revelada, cada um deve
crer com certeza que isso é verdade; pois se em certo modo pudesse ser falso,
se seguiria disso, o qual é evidentemente absurdo, que Deus mesmo seria o autor
do erro dos homens. “Senhor, se estamos no erro, Vós mesmo nos haveis enganado”
(Ricardo de São Vítor). Afastado, pois, todo motivo de dúvida, pode ser
permitido a alguém rechaçar alguma dessas verdades sem precipitar-se
abertamente na heresia, sem separar-se da Igreja e sem repudiar em conjunto
toda a doutrina cristã?
(Excerto da Carta
Encíclica Satis Cognitum, de Leão XIII)
(Nota
do Blogue: Este texto basta para confirmar a impossibilidade de acreditarmos
nos ‘papas’ conciliares e em seu Concílio Vaticano II, pois a aceitação destes,
leva-nos a afirmar que a Igreja é passível de ensinar ou promover o erro e a
heresia)