Atualmente se observa uma crescente
adesão da juventude à tatuagem. Talvez nunca na história da humanidade a
vaidade e a luxúria tenham se antecipado tanto na juventude como agora. E a
tatuagem é um dos sintomas dessa corrupção juvenil. A ignorância religiosa e o
apego exacerbado às coisas sensíveis, de modo especial àquelas relacionadas à
imagem, fazem com que os jovens não queiram outra coisa que não o serem vistos
e cobiçados. E disso, o desejo desenfreado em querer ser “imagem” para os
outros, levando-os a “tatuar” seus corpos. Contudo, deveriam saber que o
primeiro “tatuado” foi Caim, consoante nos revela a Sagrada Escritura, após ter
matado o seu irmão Abel: “E Caim disse ao Senhor: A minha iniquidade é muito
grande, para que eu mereça perdão. Eis que tu hoje me expulsas desta terra, e
eu me esconderei da tua face, e serei vagabundo e fugitivo na terra; portanto,
todo o que me achar me matará. E o Senhor disse-lhe: Não será assim; mas
qualquer que matar Caim será castigado sete vezes mais. E o Senhor pôs um SINAL
em Caim, para que o não matasse ninguém que o encontrasse. E
Caim, tendo-se retirado de diante da face do Senhor, andou errante
sobre a terra...” (Gênesis 4, 13-16)
De Caim para praticamente todos os povos
pagãos, a tatuagem passou a ser a marca representativa desse mau gosto
imitativo, maldito e degradante. Ademais, lembremo-nos de que o nosso corpo é
templo de Deus: “Porventura não sabeis que os vossos membros são templo do
Espírito Santo, que habita em vós, que vos foi dado por Deus, e que não
pertenceis a vós mesmos? Porque fostes comprados por um grande preço.
Glorificai e trazei a Deus no vosso corpo” (I Coríntios 6, 19-20).
Adendo: A Igreja Católica, na Idade
Média, baniu a tatuagem da Europa. Em 787, ela foi proibida pelo Papa Adriano
I, sendo considerada como uma prática demoníaca, de vandalismo e vilipêndio do
próprio corpo, que é templo do Espírito Santo.