O Crime de
Heresia Merece a Pena Máxima
Proposição de Lutero condenada
pelo Papa Leão X (16 de maio de 1520): "33. Queimar os hereges é contra a
vontade do Espírito Santo".
Proposição
de João Huss condenada no Concílio de Constança: "14. Os doutores que
sustentam deverem ser entregues ao juízo secular as pessoas incursas em
censuras eclesiásticas que não queiram corrigir-se, por certo imitam nisso os
pontífices, escribas e fariseus que, quando Cristo não lhes quis obedecer em
tudo, disseram: Não nos é lícito matar ninguém, e por isso O entregaram ao juízo
secular; e tais doutores são homicidas mais culpados do que Pilatos". (Apud "S. Th. Aquin.
Summa Theol.", ediç. Marietti,
1948, tomo III, nota 1 da pag. 80)
Nem trégua nem
quartel no combate aos hereges
Da vida do
Papa S. Pio V, da Ordem Dominicana, que antes de ascender ao Trono de S. Pedro
fora Inquisidor supremo: “Surpreende, por vezes, a imperturbável lógica com que
Pio V ia até as conseqüências extremas de suas teorias. Envia em socorro de
Carlos IX (Rei da França, em luta contra seus súditos protestantes) o Conde
Sforza de Santa Fiore, dando-lhe instruções no sentido de não dar quartel, de
não prender vivo nenhum huguenote. Tendo o Duque de Uzés sido aprisionado na
batalha de Moncontour, seu resgate foi fixado em dez mil escudos. Ao saber
disso, o Papa escreveu a Santa Fiore para censurar-lhe a desobediência a suas
ordens: teria sido melhor matar o chefe huguenote no combate, mas, já que o
prenderam, é preciso libertá-lo sem resgate” (Saint Pie y et la défaite de
l'Islamisme", Paul Deslandres, Librairie Bloud & Cie., Paris, 1911, pág.
33).
Pregar as verdades que se opõem flagrantemente aos
erros dominantes
S. PIO X: Não
mantinha (São Clemente Maria Hofbauer), como o fazia a maioria dos outros
pregadores, silêncio cauteloso acerca de certos assuntos capazes de ferir a
susceptibilidade dos governantes, ou com relação a algum dogma católico em
oposição flagrante aos erros reinantes; pelo contrário, não deixava de falar
incessantemente e com inteira liberdade a respeito, na medida que julgava útil
e necessária para o bem das almas. Em virtude do que, um número não pequeno de
pessoas, tocadas por suas palavras, renunciavam a seus erros e se emendavam de
seus costumes dissolutos para entregar-se a Deus e à virtude. (Bula de Canonização de São Clemente Maria
Hofbauer, de 20-V-1909)
"A grande tentação desta época que se diz
social"
PIO XII: Não
poderíamos finalmente deixar de observar que a melhor das organizações de
caridade não bastaria, por si só, para assistir aos homens necessitados. É
necessário acrescentar a ação pessoal, cheia de solicitude, empenhada em
superar a distância entre o necessitado e o benfeitor, e que se acerca do indigente
porque este é irmão de Cristo e também nosso irmão.
A grande tentação de uma época que se diz social — na qual, além da
Igreja, o Estado, os municípios e as outras entidades públicas se dedicam a
tantos problemas sociais — é que as pessoas, mesmo crentes, quando o pobre lhes
bate à porta, mandam-no sempre às instituições e organizações, julgando que o
seu dever pessoal já está suficientemente cumprido com o auxílio dado àqueles
organismos, mediante pagamento de contribuições ou ofertas voluntárias.
Sem dúvida, o necessitado receberá a vossa ajuda por esta via. Mas
muitas vezes ele conta também convosco, ao menos com vossa palavra de bondade e
conforto. Vossa caridade deve assemelhar-se à de Deus, que veio pessoalmente
trazer socorro. É este o conteúdo da mensagem de Belém.
Finalmente, os organismos de assistência nem sempre podem dar o seu
auxílio de uma forma individual, como seria necessário: por isso a instituição
de caridade precisa, como complemento indispensável, de auxiliares voluntários. (Rádio-Mensagem do Natal de 1952).
Ameaça de um tumor no seio da Cristandade
PIO XII: Os dias de
trégua, muitas vezes, não são menos importantes do que os de combate. Não devem
eles ser dias de pausa vazia e infrutífera, mas de trabalho útil, de salvação
de náufragos, de construção, para dar corpo e forma às belas esperanças
suscitadas pela vitória.
Este trabalho de socorrer náufragos deve estender-se também aos inúmeros
desviados que, embora estando, como eles pelo menos o julgam, unidos no terreno
da Fé aos Nossos filhos devotados, deles se separam para tornar-se caudatários
de movimentos que tendem efetivamente a laicizar e descristianizar toda a vida
privada e pública. Ainda mesmo que a eles se aplicasse a palavra divina:
"Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem" (Luc. 23, 34), isto
não modificaria em nada o caráter objetivamente pernicioso de sua conduta. Eles
formam em si uma dupla consciência na medida em que, enquanto pretendem
permanecer membros da comunidade cristã, militam ao mesmo tempo como tropas
auxiliares nas fileiras dos negadores de Deus. Ora, precisamente esta
duplicidade nesse desdobramento ameaça fazer deles, cedo ou tarde, um tumor no
próprio seio da Cristandade. Eles Nos trazem à memória a lembrança daqueles de
quem o Apóstolo Paulo "falava chorando", "fluens", e que
também arrancam lágrimas aos Nossos olhos porque se comportam como inimigos da
cruz de Cristo, "inimicos crucis Christi" (Phil. 3, 18).
Enquanto é possível, Nós procuramos com bondade e paciência abrir-lhes
os olhos para os reconduzir Aquele que é o único caminho, a verdade e a vida.
Com efeito, para dar às questões terrenas soluções justas e salutares
(conformes às normas divinas e eternas), a oração da Igreja vem também em nosso
auxílio: "Ó Deus, dai a todos os que se professam cristãos a graça de
rejeitar o que é contrário a esse nome e de seguir o que lhe é
conveniente" (Or. dom. III post Pasch.). E enquanto assim elevamos Nossa
oração por aqueles que se acham em perigo, Nós os conjuramos ao mesmo tempo a
escutar as advertências da Igreja que, hoje ainda, como Mãe amorosíssima,
exorta e reza, para que não Se veja obrigada por fim a aplicar-lhes a sentença
severa do Divino Mestre: (Matth. 18, 17): "Se ele não escuta nem mesmo a
Igreja, seja para ti como um pagão e um publicano". (Alocução ao Sacro Colégio, de 2-VI-1948)
Muitos se esforçam hoje em dia por espalhar o erro
nas fileiras católicas
PIO XII: No mundo
de hoje, cheio de insidias e perigos, são muitos os que lutam com empenho para
espalhar o erro entre os fiéis. Uma propaganda audaz, aberta ou solapadamente,
se infiltra entre os católicos com o fim de afastá-los da fidelidade devida a
Cristo e à verdadeira Igreja e, também, de arrancar de suas almas a Fé. E por
desgraça, entre os que valorosamente defendem suas crenças, não faltam os que
as abandonam. Como hão de constituir motivo de desgosto para o Coração de Maria
estas defecções!
Ela que nos deu a causa de nossa redenção, Jesus Cristo, velará pela
firmeza da Fé dos fiéis e os iluminará para que conheçam os ardis do inimigo. (Carta ao Congresso Mariano da Bolívia, de
13-VIII-1954)
Compreenderão os povos a linguagem misteriosa das
lagrimas de Maria Santíssima?
PIO XII: Certamente
esta Sé Apostólica não manifestou até o momento de modo algum seu juízo sobre
as lágrimas que se diz terem sido vertidas por uma sua imagem (da Virgem
Santíssima) numa humilde casa de trabalhadores; contudo, não sem viva comoção
Nos inteiramos da declaração unânime do Episcopado da Sicília sobre a realidade
daquele fato. Sem dúvida Maria é no Céu inteiramente feliz e não sofre dor nem
tristezas; todavia, Ela não permanece insensível, mas alimenta constante amor e
piedade pela mísera linhagem humana, a que foi dada como Mãe quando,
consternada e em pranto, permanecia ao pé da Cruz de que pendia seu amado
Filho. Compreenderão os homens a misteriosa linguagem daquelas lágrimas? Oh, as
lágrimas de Maria! Eram no Gólgota lágrimas de compaixão por seu Jesus e de
tristeza pelas penas do mundo. Chora Ela ainda pelas chagas renovadas no Corpo Místico
de Jesus? Ou chora por tantos filhos seus a quem o erro e a culpa tiraram a
vida da graça, e que ofendem gravemente a majestade divina? Ou são lágrimas de
espera pelo atraso da volta de outros filhos seus, um dia fiéis e agora
arrastados por miragens enganadoras para as fileiras dos inimigos de Deus? A
vós cabe cooperar com o exemplo e a ação no retorno dos prófugos à casa do Pai
e esforçar-vos a fim de que se fechem o mais rapidamente possível as brechas
abertas pelos inimigos da Religião em vossa ilha, alvo de ambicioso assédio. (Rádio-Mensagem ao Congresso Mariano
Regional da Sicília, de 17-X-1954)