A
rejeição de Deus e da Igreja pelos governos e povos, causa da subversão de
todas as coisas
São Pio
X: Nestes infortúnios públicos, temos o dever de levantar Nossa voz, de
relembrar as grandes verdades da Fé, não somente aos humildes, mas também aos
poderosos, aos felizes deste mundo, aos chefes dos povos, aos que são admitidos
aos conselhos de governo dos Estados. E de propor a todos as certíssimas
sentenças cuja verdade a história confirmou com caracteres de sangue, como
estas: «O pecado faz a infelicidade dos povos» (Prov. 14, 34). «Os poderosos
serão poderosamente atormentados» (Sap. 6, 7). E também a que está no Salmo In
«E agora, ó Reis, compreendei; cientificai-vos, juízes da terra... Submetei-vos
à lei do Senhor, temerosos de que Ele Se ire, e venhais a perecer fora do
caminho da justiça».
Essas
ameaças fazem esperar as mais duras consequências, visto que campeia a
iniquidade pública e que a falta principal dos governantes e dos povos consiste
na exclusão de Deus e na rejeição da Igreja de Cristo. Desta dupla apostasia
decorre a subversão de todas as coisas, e a multidão quase infinita de misérias
para os indivíduos e as sociedades. (Encíclica «Communium Rerum», de
21-IV-1909).
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Merecedores
de graves sanções os que desprezam as sagradas imagens
Adriano I: Entrando, diríamos, pelo caminho real, seguindo o ensinamento divinamente
inspirado de nossos Santos Padres e a tradição da Igreja Católica — pois
reconhecemos que Ela pertence ao Espírito, Santo, que nEla habita — definimos
com toda a exatidão e cuidado que, de modo semelhante à imagem da preciosa e
vivificante Cruz, hão de expor-se as sagradas e santas imagens, tanto as
pintadas como as de mosaico e de outra matéria conveniente, nas santas igrejas
de Deus, nos sagrados vasos e ornamentos, nas paredes e nos quadros, nas casas
nos caminhos, as de nosso Senhor Deus e Salvador Jesus Cristo, da Imaculada
Senhora nossa, a santa Mãe de Deus, dos preciosos Anjos e de todos os varões
santos e veneráveis.
...Assim,
pois, os que se atrevem a pensar ou ensinar de outra maneira; ou, ainda, a
rejeitar, seguindo os sacrílegos hereges, as tradições eclesiásticas, e
inventar novidades, ou repelir qualquer das coisas consagradas à Igreja: o
Evangelho, ou a figura da Cruz, ou a pintura de uma imagem, ou uma santa
relíquia de um mártir; ou a excogitar deturpada e astutamente com o fim de
transtornar algo das legitimas tradições da Igreja Católica; a empregar,
ademais, em usos profanos os sagrados vasos ou os santos mosteiros, — se forem
Bispos ou Clérigos, ordenamos que sejam depostos; se monges ou leigos, que
sejam separados da comunhão. (Concilio de Nicéia, VII Ecumênico, contra os
iconoclastas, ano de 787; D. 302 e 304).