“Quando alguém ama o Papa, não para para debater
sobre o que ele aconselha ou exige, para perguntar até onde vai o estrito dever
de obediência e para marcar o limite desta obrigação. Quando alguém ama o Papa,
não objeta que ele não falou claro o bastante, como se ele fosse obrigado a
repetir no ouvido de cada indivíduo a vontade dele, tão frequentemente
enunciada claramente, não só de viva voz, mas também por meio de cartas e
outros documentos públicos; não põem em dúvida as ordens dele sob o pretexto – facilmente
invocado por todo o mundo que não quer obedecer – de que elas não emanam
diretamente dele, mas dos que o rodeiam; não limita o campo no qual ele pode e
deve exercer a vontade dele; não opõe, à autoridade do Papa, a de outras
pessoas, não importa o quão cultas, que diferem de opinião com o Papa. Ademais,
não importa o quão vasta é a ciência deles, falta-lhes santidade, pois não pode
haver santidade onde há desacordo com o Papa.” (São Pio X, aos padres da União
Apostólica, 18 de novembro de 1912, AAS 1912, p. 695)